Polícia


Sergipe registra aumento de 265% em golpes na internet no ano passado


Publicado 29 de janeiro de 2021 às 11:00     Por Fernanda Sales     Foto Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

Os crimes praticados em ambientes virtuais tiveram um aumento de 265% em 2020 com relação a 2019, em Sergipe. Segundo os dados da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (Ceacrim), da Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram registrados 5.441 casos de crimes mediante o uso da internet no estado, enquanto que em 2019, apenas 1.492 crimes foram praticados.

De acordo com o levantamento, as ocorrências de estelionato foram a que mais apresentaram alta. Em 2019, 621 registros desse crime foram praticados, enquanto que em 2020, foram contabilizados 3.215 golpes.

Ainda segundo os dados da coordenadoria, o segundo crime cibernético com maior incidência em Sergipe foi o de invasão de dispositivo informático, como clonagem de aplicativos de mensagem e de redes sociais. No ano de 2019, foram 51 casos, já ano passado, os registros dessa prática totalizaram 469 ocorrências. Além dessas ações criminosas, há também aumento nos casos de ameaças, difamação, injúria e furto no meio digital.

Com relação as ameaças, em 2019 foram 239 ocorrências e, em 2020, 386 casos. Os crimes de difamação no ambiente virtual saltaram de 200 registros, no ano retrasado, para 345, no ano passado. Já os de injúria, saíram de 147 casos em 2019, para 261 ocorrências em 2020. Os furtos no ambiente virtual, que em 2019 contabilizaram 29 ações criminosas, tiveram um aumento para 238 crimes em 2020.

O Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) alerta sobre os golpes e traz orientações para evitar ser vítima dos criminosos na internet. A delegada Suirá Paim ressaltou que o ponto de partida para as ações criminosas no ambiente virtual passa, por diversas vezes, pelos assuntos que estão em evidência na mídia e nas redes sociais. “Os criminosos utilizam a temática do momento, aquilo que está sendo divulgado e comentado, eles utilizam para aplicar o golpe. No momento, eles estão utilizando uma informação de que estaria ocorrendo um cadastro para vacinação. Então, eles se aproveitam para aplicar golpes com essa temática”, alertou.

Suirá Paim alertou que não se deve fornecer códigos que chegam por mensagens a terceiros, pois é através dessa numeração que os cibercriminosos clonam os aplicativos das vítimas. “Mantenha as redes sociais fechadas, não forneça senhas e códigos recebidos por mensagem de texto (SMS), instale um antivírus nos dispositivos e verifique a autenticidade da informação antes de fazer depósitos ou transferências. Verifique a agência e entre em contato com a pessoa que estiver solicitando o dinheiro. São medidas simples para evitar cair no golpe”, orientou.

Golpes mais frequentes
Já a delegada Lauana Guedes destacou que os golpes abrangem tanto as pessoas físicas, quanto as empresas. “Houve um aumento considerável no números de crimes cibernéticos. Os criminosos passaram a fazer uso da internet também para aplicar os mais diversos golpes. Os alvos dos fraudadores são tanto os consumidores, quanto às empresas dos mais diversos setores da economia, bancos, seguradoras”, salientou.

O sequestro do aplicativo de mensagens das vítimas, utilizado como forma de obtenção de dinheiro em nome da vítima, junto aos contatos dela, também é muito comum. “Um dos crimes virtuais mais comuns é o de sequestro do WhatsApp, onde o criminoso configura o aplicativo a partir do número disponível – encontrado em redes sociais e anúncios de venda. Em seguida, envia mensagens pedindo dinheiro aos familiares e amigos das vítimas”.

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