Polícia
SSP diz não haver crime e caso de importunação sexual contra prefeito de Simão Dias é encerrado
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SE) encerrou, nesta quinta-feira (21), o caso que envolvia a denúncia de importunação sexual feita por uma moradora de Simão Dias, no Sul de Sergipe, contra o prefeito da cidade, Cristiano Viana (PSB). De acordo com o órgão, provas foram insuficientes para sustentar a denúncia.
“O delegado Clever Farias teve acesso integral à conversa que aconteceu entre as partes, constatando que o prefeito não cometeu crime de assédio sexual, pois para se configurar tal delito é preciso que exista vínculo hierárquico ou relação de poder entre as partes. O delegado informou também não houve importunação sexual pelo fato de não ter havido contato físico entre as duas pessoas citadas”, afirmou a SSP complementando que o caso foi encerrado “pois, a partir do que foi apresentado até o momento, falta justa causa”.
A prefeitura de Simão Dias se manifestou por meio de nota, em que reafirma que os fatos trazidos e registrados no boletim de ocorrência pela denunciante não se constituem como crime e, por isso, não serão mais investigados.
“Ficou explicitado que não houve crime de importunação sexual ou assédio, assim, não preenchendo os requisitos da lei e toda essa repercussão deu-se apenas por se tratar de uma pessoa pública”, explicou a assessoria.
O Caso
No último contato por mensagem, Mikaelly disse que prefeito afirmou que não lembrava dela e a jovem mandou uma foto do rosto. Na sequencia, Viana teria dito que se se lembraria melhor dela se uma foto nua fosse enviada. “Ele costumava mais ligar do que mensagem desde a campanha. Ele prometeu emprego caso eu ficasse com ele. Se eu tivesse relações com ele eu teria um emprego, mas eu não quis”.
Após saber que Mikaelly estaria divulgando trechos da conversa, Viana ligou para Dias. “Você tá tirando prints das conversas minha pra alguém é? Isso dá processo”, disse o prefeito em tom de ameaça. A mulher disse que vai prestar um boletim de ocorrência sobre o caso. Mikaelly ainda disse que outras mulheres também já passaram por situação semelhante, mas que nem todas tem a coragem de denunciar.
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