Política


‘Caso seja realizado o bloqueio das contas, corre um sério risco de parar tudo na prefeitura’, afirma prefeito de Laranjeiras


Publicado 06 de janeiro de 2021 às 13:00     Por Fernanda Sales     Foto Fernanda Sales / AjuNews

O prefeito eleito de Laranjeiras, no Leste Sergipano, Juca de Bala (MDB), comentou a decisão do Ministério Público de Sergipe (MP-SE), que pediu à Justiça o cumprimento de sentença contra a prefeitura, determinando o bloqueio das contas do município para pagamento dos salários dos servidores referente ao mês de dezembro e o 13º salário de 2020. Segundo o prefeito, ele ainda não foi comunicado oficialmente da decisão judicial, mas, “caso seja realizado o bloqueio, corre um sério risco de parar tudo na prefeitura”.

Em entrevista à Jornal FM nesta quarta-feira (6), o emedebista explicou que a prefeitura não tem condições financeiras “de arcar com três folhas, que é a de dezembro, 13º salário e janeiro, com uma única receita”. “Além dos servidores, que é de fundamental importância, nós temos a limpeza urbana, os medicamentos, a assistência social e outros serviços que não pode parar. Por isso, iremos consultar o jurídico, tomar pé dessa situação e negociar com os órgãos do Ministério Público”, acrescentou ele.

De acordo com Juca, ainda não se sabe como o bloqueio vai proceder no município. “Não sabemos ainda como vai proceder esse bloqueio, quais serão as contas para o pagamento justo do 13º salário e o salário de dezembro. Assim que tomarmos conhecimento, vamos procurar negociação junto à Caixa Econômica para priorizar o pagamento dos servidores na medida do possível”, disse ele.

Questionado se há necessidade de uma autoria para o município, o gestor respondeu: “O Ministério Público sabe da dificuldade de Laranjeiras. Desde o período de transição que percebemos a dificuldade financeira do município, mas não tenho necessidade de provocar uma auditoria, nós temos um Ministério Público atuante, que tem responsabilidade”.

“Prefeitura sucateada”
Segundo Juca, a prefeitura está “sucateada” e após tomar posse como prefeito, descobriu que “as contas estão praticamente sem saldos”. “No período da transição pedimos todos os documentos e, por mais que solicitássemos de forma legal, não fomos atendidos no tocante a saldos bancários de almoxarifado e patrimônio público. E recebemos a informação da secretária de finanças percebendo que estão com as contas praticamente sem saldos para pagamentos. São contas de recursos próprios, aquelas que podemos pagar os servidores públicos, principalmente”, revelou.

Ainda de acordo com o gestor, Laranjeiras “parou no tempo” durante os últimos quatros anos. “Não tenho rancor contra gestor algum. Eu não tenho inimigos, tenho adversários, apesar de meus adversários não cansarem de me perseguir. Mas o que queremos é administrar, não houve desenvolvimento nesses quatro anos e agora temos essa séria missão de reconstruir o município. Precisaremos de muita paciência com o servidor e com a população, por estarmos nesse momento atípico de pandemia”.

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