Política


Governador do Maranhão critica Bolsonaro: “É grave um presidente mentir para criar ódio”


Publicado 24 de outubro de 2020 às 15:29     Por Fernanda Sales     Foto Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que está se desdobrado para conter uma onda de ódio nas redes sociais depois que o presidente Jair Bolsonaro disse que ele teria negado proteção da Polícia Militar a uma visita presidencial ao município maranhense de Balsas.

Flávio Dino, que acumula um histórico de querelas com o presidente desde que foi classificado como o “pior dos governadores ‘de paraíba’”, afirmou ao site Metrópole que a história não passa de mais um factoide, de mais uma notícia inventada pelo presidente.

“Ele inventou esse factoide, essa fake news, provavelmente porque a agenda dele deu algum problema e ele quis jogar o cancelamento nas minhas costas. Não sei dizer a razão, mas é algo delirante, porque isso não aconteceu. Nem eles pediram, nem nós negamos”, disse o governador, em entrevista ao site.

Na quinta-feira (22), o governador enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de investigação do presidente em relação a esse assunto. “É grave um presidente da República mentir deliberadamente para criar ódio. Na verdade, ele quis criar uma esteira de ódio contra mim. De fato, seguidores mais fanáticos do presidente promoveram uma espécie de linchamento contra mim, quase como se eu fosse um homicida, como se eu quisesse que ele morresse, que eu tivesse negado a proteção para ele ser assassinado”, reclamou.

Sabotagem
Na entrevista, o governador declarou ainda que a principal preocupação no momento para os governantes deve ser garantir o acesso da população a uma vacina que funcione contra o coronavírus. E se disse disposto a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso haja “sabotagem” em relação a qualquer vacina com eficácia comprovada. “A questão central é o direito à vacinação. Se esse direito for sabotado, vamos à Justiça”, disse o governador.

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