Para o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho, o suposto crime de prevaricação cometido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas negociações com a Covaxin é algo ‘consolidado’ e que ‘nenhum brasileiro tem dúvidas’ sobre isso. As declarações aconteceram durante entrevista concedida ao site DCM, nesta segunda-feira (12).

“Ele tem foro privilegiado e não pode responder pelo crimes que cometeu durante o exercício do mandato. A investigação vai seguir e ela deve ser interrompida até ele deixar o cargo”, avalia o senador. “Mas o que importa, ao fim de tudo, é que se caracterize seus crimes e os crimes de quem o acompanhou, de quem levou o Brasil a esta situação com quase 540 mil mortes pela covid-19”.

Ainda nesta segunda, conforme divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, a Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar se Bolsonaro cometeu crime de prevaricação nas tratativas para aquisição de doses da Covaxin. Pela redes sociais, Rogério escreveu que “o Brasil precisa se livrar urgente dessa máfia que assaltou o poder. Nem o dinheiro das vacinas perdoam!”

Rogério também ressaltou que últimas pesquisas para corrida presidencial em que o Luís Inácio Lula da Silva aparece à frente do atual mandatário reflete que as pessoas estão tomando noção do ‘governo que tem’. “O importante é que o povo brasileiro consiga reencontrar o caminho da democracia”.

As suspeitas
O caso veio à tona com o depoimento do deputado Luís Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde, Luís Ricardo, à CPI da Covid. À Comissão o parlamentar declarou que alertou Bolsonaro, em março, sobre as suspeitas de irregularidades no contrato da Covaxin. Segundo o deputado, o presidente associou o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) às supostas falhas, Barros, no entanto, nega ter participado da negociação para a compra da vacina.

No último sábado (10), o mandatário do país confirmou que teve um encontro com Luís Miranda, mas não revelou sobre o que conversaram. Na fala Bolsonaro ainda afirmou que o suposto esquema de superfaturamento na compra dos imunizantes é “uma história fantasiosa” da CPI.

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