Política


Sukita atribui derrotas eleitorais às investigações de Danielle Garcia e Alessandro Vieira


Publicado 12 de junho de 2020 às 12:00     Por Peu Moraes     Foto Reprodução / Instagram

O ex-prefeito de Capela, Manoel Sukita (PTC), atribuiu suas derrotas eleitorais nos anos de 2014 e 2018, às investigações feitas pela pré-candidata do Cidadania à prefeitura de Aracaju, delegada Danielle Garcia, e ao senador Alessandro Vieira (Cidadania), a época delegado da Polícia Civil de Sergipe.

“Em 2014, a delegada que hoje é pré-candidata à prefeitura de Aracaju, construiu uma investigação que me dilacerou, que me arranhou e arranhou minha imagem em todo estado, e há quem diga que construiu a dela”, disse Sukita, no vídeo publicado nas redes sociais, nesta terça-feira (09), fazendo referência a delegada Danielle Garcia

Naquele ano, o ex-prefeito, Manoel Sukita, foi alvo de investigação da Polícia Civil sob suspeita de liderar um esquema de desvio de R$ 3 milhões dos cofres do município capelense. Neste ano, o Departamento de Combate ao Crime Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) da Polícia Civil constatou em três inquéritos policiais instaurados ao longo de um ano de trabalho, que o ex-prefeito de Capela, e mais três pessoas do seu núcleo familiar e profissional foram os responsáveis pelo desvio de cerca de R$ 3 milhões das contas da Prefeitura Municipal.

No âmbito federal, as investigações inciaram a partir de uma denúncia do Sindicato dos Professores do Estado (Sintese) ao Ministério Público Federal sobre desvios dos recursos do Fundeb. No Estado, as primeiras investigações foram requisitadas pelo Ministério Público Estadual ao Deotap. As informações os inquéritos instaurados pelo Deotap sob o comando da delegada Danielle Garcia.

No vídeo, Sukita cita a investigação de suposto envolvimento no ato de vandalismo supostamente forjado dentro da Prefeitura de Capela, fato ocorrido no início de 2017. O suposto ato de vandalismo foi denunciado à polícia pela prefeita Silvany Sukita, na época esposa do ex-prefeito, que no momento estava assumindo o comando daquele município. O ex-prefeito Messias Sukita foi citado pelo ex-servidor contratado pela gestão passado, identificado como Alexsandro Santos Dantas.

O delegado geral da polícia civil, Alessandro Vieira, hoje senador da República, havia confirmado que o ex-prefeito Sukita estava sendo investigado, alvo do inquérito policial que continua em tramitação na Delegacia de Polícia de Capela sob responsabilidade da delegada de polícia Mariana Amorim. Na ótica do delegado geral, o ato forjado teria beneficiado diretamente a prefeita Silvany Sukita. “Serviu para justificar a decretação de estado de emergência”, declarou o delegado geral, confirmando que seria uma medida para que a gestora pudesse dispensar licitações e fazer as contratações que considerasse necessárias.

De acordo com Sukita, Alessandro fez acusações em entrevista coletiva à imprensa atribuindo a ele o ato. “Em 2017, um delegado fez uma coletiva atribuindo a mim um escândalo. Quando foi ver esse delegado esqueceu de investigar, mas de imediato o ex- secretário de Segurança Pública do Estado de Sergipe, delegado João Eloy, fez ele se retratar, mas a retratação foi uma nota enviada à imprensa e publicou quem quis”, afirmou.

As declarações foram publicadas após a prisão de seu irmão e ex-presidente da Câmara de Capela, José Adaltro Santos (PTN), durante a Operação Mamulengo, deflagrada pela Polícia Civil, na terça-feira (09).

Procurada pela reportagem, a delegada Danielle Garcia por meio da assessoria de comunicação, preferiu não emitir posicionamento.

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