Cidades
Artista Isis Broken acusa Funcap de transfobia por não usar seu nome social em divulgação de editais da Lei Aldir Blanc
A artista sergipana Isis Broken acusou a Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) de “transfobia institucionalizada”, nas redes sociais, nesta terça-feira (24), após seu nome social não aparecer na divulgação dos três editais da Lei Aldir Blanc.
“Existe um decreto que ampara meu nome social em todas as esferas governamentais (n 8727), esse decreto foi quebrado pela FUNCAP, me humilhando e impedindo um DIREITO BÁSICO pra uma corpa trans, nossas corpas com expectativa de vida de 35 anos não recebe o mínimo do Estado de Sergipe, esse dinheiro não é deles, é da classe artística sergipana a qual faço parte, tenho 5 indicações nacionais e 4 internacionais, já cantei nos grande palcos sergipanos, sou travesti e quero respeito”, disse a artista.
Após o desabafo da artista, a Funcap informou por meio de nota que “a plataforma mapas.cultura.se.gov.br seleciona, de forma automatizada, todos os nomes que estão no perfil de cada candidato (a) para análise das Comissões de Seleção”. Mesmo com a contestação de Iris, a fundação continuou utilizando o nome de batismo dela.
“A nota que eles emitiram reforça ainda mais a transfobia institucionalizada por parte da Funcap, a nota repetiu meu nome de batismo duas vezes, reforçando ainda mais a falta de compromisso com corpas trans, eles negam a minha existência quando mostram meu nome publicamente, isso é doloroso”, disse Isis.
A instituição ainda alegou que a artista “não está sendo honesta” com as divulgações que estão sendo feitas em suas redes sociais, “tendo em vista que foram realizadas alterações no perfil após a divulgação do resultado dos editais, ontem, 23, às 23h10”.
A Funcap também afirmou que será atendido o pedido de Isis e ressaltou o “respeito por toda e qualquer identidade assumida pelos (as) beneficiários (as) das políticas de Cultura por ela executada”.
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