Cidades


Aracaju é a 8ª cidade mais violenta para LGBTI+, aponta estudo


Publicado 17 de maio de 2021 às 16:58     Por Dhenef Andrade     Foto Marcelo Camargo / Agência Brasil

No Dia Internacional de Combate à Homofobia, nesta segunda-feira (17), o relatório do Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) no Brasil 2020 apontou que Aracaju é a oitava mais violenta para este público e a quarta a nível regional.

O levantamento, realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) há 41 anos, aponta que três mortes motivadas por preconceito quanto à orientação sexual e de gênero foram registradas na capital sergipana no ano passado.

A primeira mulher transexual eleita para um cargo político em Sergipe, a vereadora Linda Brasil (PSOL), afirmou que a prefeitura de Aracaju precisa implementar políticas públicas para proteger o público.

“Denunciar é importante, mas o poder Executivo de Aracaju precisa ir além, implementando políticas públicas para o enfrentamento da impunidade e a geração de dados, sobretudo nesse momento de pandemia, onde muitas mulheres trans e travestis estão ainda mais expostas e vulneráveis”, escreveu a parlamentar em suas redes sociais.

Linda também alertou sobre o estudo da GGB que revela que maior número de mortes está na população trans. “Na verdade, por conta da subnotificação e ausência de dados governamentais, a morte por transfobia sempre acabou sendo sendo notificada como homofobia”.

De acordo com o estudo, em 2020, foram registradas 237 LGBTI+  mortes violenta no Brasil, vítimas da homotransfobia, sendo 224 homicídios (94,5%) e 13 suicídios (5,5%). Desse total, 161 eram travestis e mulheres trans (70%), 51 gays (22%) 10 lésbicas (5%), 3 homens trans (1%), 3 bissexuais (1%) e dois heterossexuais confundidos com gays (0,4%).



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