Cidades
Aracaju retrocede ao estimular uso de carro em novo Plano Diretor, aponta estudo da USP
Uma análise feita pelo Centro de Estudos da Metrópole, da Universidade de São Paulo (USP), aponta que o Plano Diretor de Aracaju propõe medidas que estimulam o uso do carro e caminha na direção contrária das tendências atuais do planejamento urbano. A capital possui a maior frota de automóveis proporcionalmente à população dentre as capitais do Nordeste, e a segunda pior taxa de mortes no trânsito.
A 15ª Nota Técnica “Políticas Públicas, Cidades e Desigualdades” do Centro analisa sobre a proposta para o novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) do município, com foco nas questões sobre o sistema de transporte e acesso à cidade. O estudo analisa temas que foram trazidos em NTs já publicadas pelo CEM para a cidade de São Paulo, em um esforço para avançar em análises de cidades situadas fora do eixo Sul-Sudeste.
“O Plano Diretor deve buscar uma cidade mais sustentável e justa. No entanto, o tema de transporte urbano, fundamental para tal, é abordado sob uma perspectiva já ultrapassada, de busca por uma crescente oferta de espaço para os automóveis, que contraria o novo paradigma da mobilidade urbana sustentável e, inclusive, princípios apresentados na própria minuta inicial”, destaca a nota.
Segundo o secretário municipal da Infraestrutura e presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização de Aracaju, Sérgio Ferrari, as propostas apresentadas na elaboração da minuta do novo Plano Diretor foram elaboradas a partir de estudos e de análise feitas pelo corpo técnico da Prefeitura.
Entre as diretrizes que estão apresentadas na minuta, a revisão estabelece uma proposta de zoneamento, estabelecendo quatro categorias, referentes à ocupação urbana: adensamento preferencial, adensamento básico, adensamento controlado e adensamento restrito.
A revisão do Plano Diretor propõe ainda um mapeamento de Áreas com Diretrizes Especiais, como áreas de interesse ambiental, social ou de vulnerabilidade e risco, além das áreas de interesse urbanístico.
Leia os termos de uso