Cidades
Artista Isis Broken e representantes LGBTQIA+ registram denúncia contra Funcap por transfobia institucionalizada
A artista sergipana Isis Broken e representantes do movimento LGBTQIA+ do estado afirmaram que vão registrar queixa-crime no Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) contra a Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap-SE) pelo crime de transfobia institucionalizada cometido contra a cantora.
Nesta terça-feira (24), Isis Broken acusou a entidade de transfobia após divulgar o seu nome de batismo e não usar o nome social na divulgação dos três editais da Lei Aldir Blanc. De acordo com a cantora, o decreto que ampara o uso do seu nome social foi quebrado pela Funcap.
“Me humilhando e impedindo um DIREITO BÁSICO pra uma corpa trans, nossas corpas com expectativa de vida de 35 anos não recebe o mínimo do Estado de Sergipe, esse dinheiro não é deles, é da classe artística sergipana a qual faço parte, tenho 5 indicações nacionais e 4 internacionais, já cantei nos grande palcos sergipanos, sou travesti e quero respeito”, disse a artista.
Em nota, a Funcap informou que “a plataforma mapas.cultura.se.gov.br seleciona, de forma automatizada, todos os nomes que estão no perfil de cada candidato (a) para análise das Comissões de Seleção”. Mesmo com a contestação de Iris, a fundação continuou utilizando o nome de batismo dela e manteve a publicação no Instagram, na qual divulga novamente o nome de batismo de Isis.
Por fim, a Fundação também afirmou que será atendido o pedido de Isis e ressaltou o “respeito por toda e qualquer identidade assumida pelos (as) beneficiários (as) das políticas de Cultura por ela executada”.
O caso ganhou repercussão e foi comentado pela atriz e cantora travesti, Jup do Bairro, que classificou o esclarecimento da Funcap como “criminoso”.
“Que esclarecimento criminoso e intolerante, a vontade de explicitar o nome de batismo mais duas vezes só demonstra o quão não se preocupam com o constrangimento que a artista passou e não felizes, a colocam como desonesta ao reivindicar um direito seu”, disse.
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