Cidades


Moradores denunciam fábricas de suco que contaminam meio ambiente em Estância ao MPF e à Adema


Publicado 17 de setembro de 2021 às 19:05     Por Fernanda Souto     Foto Divulgação/ CUT-SE

Moradores de Estância denunciaram à Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema) e ao Ministério Público Federal (MPF) que fábricas de suco tem poluído o ar e rios do município do litoral Sul Sergipano. A denúncia foi feita através da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe), na última terça-feira (14).

De acordo com os moradores, as lagoas de tratamento são o local onde as fábricas despejam os dejetos da produção industrial. Quem mora mais próximo às fábricas reclama do odor insuportável da lagoa de tratamento, principalmente no período da noite.

Através da CUT, os moradores assinaram abaixo-assinado e organizaram manifestações. De acordo com o ex-presidente e atual dirigente da Central em Sergipe, professor Dudu, o problema ambiental é muito grave para ser ignorado.

“O cano foi retirado e as águas contaminadas estão correndo para o rio a céu aberto. Esse problema específico já faz aniversário de 6 anos. Recentemente faltou água na cidade por conta de problemas causados pelo transbordamento das lagoas de tratamento das fábricas que armazenavam água com vários produtos químicos, inclusive soda cáustica. Aqui em Estância tem uma ONG Água e Vida que só faltou denunciar a poluição dos rios no Planeta Mercúrio, mas o problema sempre volta”, afirmou.

Já segundo a vice-presidenta da CUT, Ivônia Ferreira, o problema é de conhecimento dos governos. “Não temos nenhuma informação de que essas fábricas já foram autuadas algum dia. O fato de gerarem emprego não dá o direito de agredir a natureza com consequências à população. Enquanto o governo abre mão da arrecadação de impostos através da renúncia fiscal via PSDI, as fábricas destroem os rios e poluem o ar”, criticou a professora.

A Adema deve tomar providências de acordo com a legislação ambiental.



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