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Rio de Janeiro: Enxurrada deixa 34 mortos em Petrópolis; veja vídeo


Publicado 16 de fevereiro de 2022 às 07:57     Por Redação AjuNews     Foto Reprodução / Corpo de Bombeiros/ RJ

O temporal que causou enchentes nas ruas do centro histórico de Petrópolis, no Rio de Janeiro, no fim da tarde desta terça-feira (15). De acordo com a Defesa Civil municipal, já são 34 mortes confirmadas. O Corpo de Bombeiros mantém buscas nos locais onde houve deslizamentos de terra. O Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Civil, está trabalhando na identificação dos corpos.

Um dos locais mais afetados foi o morro da Oficina, no Alto da Serra, onde grande deslizamento de terra atingiu várias moradias. Segundo a prefeitura de Petrópolis, estima-se que 80 casas tenham sido afetadas no local, que fica próximo à Rua Tereza, conhecida área comercial do município perto do centro histórico.

Houve ocorrências também nas regiões 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar, além das ruas Uruguai, Whashington Luiz e Coronel Veiga. Diante do grande volume de água, a Defesa Civil colocou a cidade no Estágio de Crise. Em apenas seis horas, o acumulado pluviométrico chegou a 259 milímetros, superando a média de 238,2 milímetros esperada para todo o mês de fevereiro.

A Concer, concessionária de trecho da rodovia federal BR-040, informou quedas de barreiras afetando o trânsito na serra de Petrópolis. Também já há pelo menos 49 ocorrências por deslizamento, segundo nota divulgada pela Defesa Civil.

“Todos os pontos de apoio foram abertos para o acolhimento das pessoas em área de risco. A Defesa Civil orienta a mobilização da população, que neste momento, deve se manter em áreas seguras”, acrescenta o texto. A prefeitura suspendeu as aulas de amanhã (16) da rede municipal de ensino.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, cancelou a agenda e está se deslocando para Petrópolis para acompanhar os trabalhos. Está prevista uma reunião para 22h entre órgãos municipais e estaduais para alinhar a atuação em conjunto. O governo fluminense colocou oito ambulâncias a serviço da cidade para atuar no socorro de eventuais vítimas.

Histórico de tragédias
A história da Região Serrana é marcada por episódios marcantes de tragédias envolvendo temporais. Em 1988, após dias ininterruptos de chuva, 134 pessoas morreram em deslizamentos de terra, desabamentos ou levadas pelas águas da enchente em Petrópolis. Centenas de moradores ficaram desabrigados.

Já em 2011, chuvas torrenciais que causaram enchentes e deslizamentos de terra que tiraram a vida de 918 pessoas. Além disso, 30 mil moradores ficaram desalojados. No episódio, que é considerado um dos maiores desastres socioambientais do país, o impacto foi maior nas cidades de Nova Friburgo e Teresópolis, mas Petrópolis também foi bastante castigada.

*Com informações da Agência Brasil

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