A vazão do Rio São Francisco no município de Propriá, Leste de Sergipe, passou a ser monitorada pelo Governo de Sergipe, a partir desta terça-feira (31). A vazão passou para 2.194m³ por segundo, quase o dobro da média registrada ao longo do ano.

As chuvas das últimas semanas, o aumento do nível de alguns rios no estado de Alagoas, e a vazão liberada pela Usina Hidrelétrica de Xingó, entre os estados de Sergipe e Alagoas, na região do Baixo São Francisco, são os fatores que contribuíram para o aumento da vazão.

Em nota, a Chesf ressaltou que a defluência média diária da Usina Hidrelétrica de Xingó evoluirá para uma vazão de 1.100 m3/s, a partir desta quarta-feira (1). Além disso, o comunicado alerta sobre o perigo da ocupação de áreas ribeirinhas. “É fundamental chamar atenção para o fato de que a depender das condições de atendimento ao Sistema Interligado Nacional – SIN, poderá ocorrer a necessidade de aumento de geração da UHE Xingó acima dos valores supracitados. Neste sentido, evidencia-se fortemente a importância da não ocupação de áreas ribeirinhas situadas na calha principal do rio”.

O superintendente Especial dos Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Serhma), Ailton Rocha, frisou que, dependendo da localidade, algumas casas que estejam construídas na calha do rio poderão ser atingidas. “A medida que vai se afastando, essa água vai se dissipando. Ela só eleva o nível, mas vai seguindo seu percurso, a tendência é voltar à normalidade”, afirmou.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs), Ubirajara Barreto, ressalta que o Governo do Estado está atento à situação. “Essa vazão acontece pouquíssimas vezes no ano e tem ano que ela sequer acontece, porém é uma vazão normal no ponto de vista hidrológico, já prevista pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e pela Superintendência de Recursos Hídricos. Todos os órgãos do Estado relacionados à situação estão atentos para tomar as medidas necessárias”, disse.