Cidades


Casarão do Centro Histórico de Simão Dias foi abandonado pela prefeitura


Publicado 23 de maio de 2024 às 09:56     Por Redação AjuNews     Foto Reprodução / Redes Sociais

O casarão que abrigou por mais de uma década a sede da Prefeitura Municipal de Simão Dias, atualmente encontra-se em situação de abandono, ruínas e entregue ao descaso por parte da Administração Municipal.

O imóvel que foi “construído pelo Major Manuel de Carvalho Carregosa (1826-1882). Fundador e senhor do Engenho Mercador, e construiu o casarão para servir de residência para seus familiares, após sua morte, a propriedade passou para um de seus irmãos, o Cel. Antônio Manuel de Carvalho, bisavô do ex-governador Dr. Celso de Carvalho.

Na sequência, a casa para os herdeiros, o imóvel passou a pertencer a sua filha, Josefa Freire de Carvalho, que era casada com o médico Dr. Joviniano de Carvalho. Na velhice, o casal passou o casarão para o genro Desembargador Gervásio de Carvalho Prata, chefe político pessedista, que, em meados do século XX, deixou o imóvel com seu sobrinho e herdeiro político, Dr. Celso de Carvalho.

Antes do casarão ser vendido a Prefeitura Municipal e transformada em sede administrativa, Dr. Celso de Carvalho cedeu a casa a seu aliado político Abel Jacó dos Santos, para ele viver com sua família.”

Como vemos, jamais poderíamos falar desse importante elemento da História de Simão Dias sem fazer, ao menos, esse breve relato para demonstrar que nomes importantes da nossa História fizeram desta casa, parte da nossa identidade cultural.

Marco da arquitetura neoclássica, sua frente é azulejada com azulejos oriundos do século XIX, das Fábricas de Portugal. Hoje, além deste casarão, em Simão Dias só existem mais duas casas revestidas de azulejos portugueses, ambas na Praça Barão de Santa Rosa.

Com o descaso, parte da história de Simão Dias vai sendo deixada de lado, destruída, como se, propositalmente, fosse largada ao esquecimento, que descuida de una parte importante da trajetória do município.

Aos poucos, se permite perder os elementos que ajudaram a construir sua história, obviamente, dando lugar a modernidade, que é necessária, inclusive, mas que por si poderia muito bem se impor, sem jamais ocupar o lugar da cultura e tradição de um povo.



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso