Durante a votação do segundo turno das eleições em Aracaju, eleitores comentaram sobre os impactos causados pela pandemia de covid-19, e avaliam a segurança nas urnas e a falta de debates entre os candidatos que disputam a prefeitura de Aracaju.

Na capital sergipana, pelo menos 404.901 eleitores vão definir quem será o futuro prefeito ou prefeita de Aracaju.

Em entrevista ao AjuNews, a funcionária pública Sônia Novaes da Silva, 62 anos, afirma que acredita que a pandemia deixou as pessoas mais idosas com receio de se dirigir às urnas para escolher o novo gestor da cidade.

“Eu acho que sim, principalmente as pessoas mais idosas ficam um pouco receosas de sair de casa para vir. Eu vim porque eu gosto de cumprir o meu dever de cidadã, mas muita gente realmente, que eu conheço, da minha família e tudo não estão vindo”, disse.

Ao ser questionada sobre a falta de debates entre o prefeito de Aracaju e candidato à reeleição Edvaldo Nogueira (PDT) e Danielle Garcia (Cidadania), pode ter influenciado a escolha dos eleitores, ela afirma que a situação é relativa.

“Eu acho que isso é relativo, até porque no primeiro turno a candidata [Danielle Garcia] foi convidada a ter um debate com Rodrigo Valadares e ela também não foi, nem por isso, quem vota nela deixou de votar. Como também no segundo, quem estava decidido a votar no outro candidato com certeza estará votando hoje”, afirmou.

Para o professor universitário Jurandi Menezes dos Santos, 60 anos, o momento de votação na urna foi tranquilo e com muita segurança por causa da covid-19. Já com relação ao não comparecimento do prefeito ao debate “não diz ou nega qualquer coisa dos candidatos”.

“O que apresenta uma solidificação do voto, da opinião de  uma pessoa que tem uma determinada cultura seria o dia a dia da pessoa, a vida pública, não por um debate. Nos debates têm acusações, troca de farpas e isso não leva nada a ninguém. Eu inclusive não assisto debate nenhum e não dependo de debate para mudar o meu voto ou continua com aquele candidato que já está estabelecido para eu votar”, explicou.

Na quarta-feira (25), Edvaldo Nogueira confirmou que não estaria presente no debate promovido pela TV Sergipe, afiliada da TV Globo no estado. Por isso, a Delegada Danielle (Cidadania) compareceu sozinha.

A advogada Angela Cristina Fontes Carvalho, 54 anos, afirma que a falta de debates foi “ideal’ por causa do andamento da disputa entre os candidatos. “A disputa estava bastante agressiva, então acho que foi o ideal”, comentou.

À nossa reportagem, o alfaiate Airon de Santos Nascimento, 49 anos, afirma que a  disputa não foi prejudicada por causa da falta de troca de ideias e propostas entre os postulantes. “Acho que ele [Edvaldo Nogueira (PDT)] está muito seguro pelo primeiro turno, pela quantidade de votação que ele recebeu, então acho que ele não viu necessidade disso”, disse.

Por fim, o administrador Greg Júnior, 41 anos, afirma que a escolha dos candidatos para ele aconteceu por exclusão. “Nenhum dos dois me interessa bastante, mas por exclusão eu escolhi o menos pior”, afirmou.

Ao ser questionado sobre as campanhas e a troca de ideias dos postulantes, ele afirmou que a falta de debate pode ter prejudicado os critérios adotados pelos eleitores para escolher o futuro gestor. “Acho que quanto mais debates,  mais debates de ideias melhor para estarmos preparados”, finalizou.

Cobertura jornalística
O AjuNews realiza a cobertura das eleições municipais, em Sergipe, neste domingo (29). A equipe trará as principais informações da capital e do interior do estado. Ao longo do dia, a reportagem acompanha a votação dos prefeituráveis na capital sergipana, acontecimentos importantes que marcam o pleito, cobertura das votações e resultado da apuração no 2º turno (confira acessando aqui).

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