Polícia


PCC construiu rede de organizações para ganhar contratos públicos em municípios de três estados, diz jornal


Publicado 09 de novembro de 2020 às 12:00     Por Eduardo Costa     Foto Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Primeiro Comando da Capital (PCC) tem construído uma rede de organizações sociais para ganhar contratos e se infiltrar em administrações municipais de pelo menos três estados no Brasil. As organizações seriam de prateleira: ou seja, CNPJs sem atividade. A informação é do jornal O Estado de São Paulo.

As investigações comandadas pela Polícia Civil e Polícia Federal (PF) mostram que a facção criminosa tem agido em Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Os contratos públicos teriam os objetivos de construir empresas para lavagem de dinheiro do tráfico, e desviar recursos públicos para o próprio PCC.

A rede de Organizações Sociais (OS) de traficantes ligados ao PCC começou a ser descoberta nas investigações que revelaram um esquema de coleta de lixo e da saúde pública em Arujá (SP). Segundo gravações, o candidato a vereador em 2016 Alemão (PSDB) teria indicado um morador de rua como laranja para comandar um dos institutos. Outras oito cidades de São Paulo tiveram participação evidenciada do PCC na gestão.

Um esquema semelhante ao descoberto no estado de São Paulo está sendo investigado pela PF, e já bloqueou R$ 730 milhões em bens de pessoas ligadas à facção. A Polícia chegou à conclusão de que muitas destas pessoas vivem vidas luxuosas, e possuem fortes ligações com políticos locais nos estados citados.

Leia mais:
Investigações apontam que os 5 maiores traficantes do Brasil estão escondidos na Bolívia



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso