Política


Senadores sergipanos divergem em opiniões sobre possível impeachment de Bolsonaro


Publicado 26 de janeiro de 2021 às 12:00     Por Eduardo Costa     Foto Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Os senadores sergipanos divergem em suas opiniões sobre um possível impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Dos três parlamentares da bancada, apenas Rogério Carvalho (PT) se manifesta a favor, enquanto Alessandro Vieira (Cidadania) e Maria do Carmo optam por não se pronunciarem em um primeiro momento.

Único favorável, Rogério é bastante ativo nas redes sociais a favor da saída de Bolsonaro do poder. Na última segunda-feira (24), por exemplo, após a divulgação de uma pesquisa Datafolha no Fantástico, da TV Globo, indicando uma rejeição de 48% ao comportamento de Bolsonaro na pandemia, o senador disse que “nos últimos dois dias, vimos nas ruas do Brasil que o povo quer o impeachment do Presidente Jair Bolsonaro. É urgente!”.

À reportagem, o petista ainda acrescentou: “Este governo demonstra incapacidade e incompetência diante das vidas dos brasileiros. Hipocrisia e imoralidade com a honradez da função pública que exerce. E, irresponsabilidade com o risco de uma catástrofe econômica e social que ainda existe. Impedir a continuidade desta barbárie é um compromisso com o Brasil. O impeachment é prioridade para a nação.

A referência de Rogério é sobre os protestos organizados em todo o país no último fim de semana, que pediam a saída do presidente. O próprio parlamentar compartilhou registros de atos em várias cidades, incluindo Aracaju.

Alessandro e Maria se abstém
Já os outros dois senadores sergipanos, Alessandro Vieira e Maria do Carmo, têm optado pela neutralidade sobre possível impeachment. Alessandro, que está em seu primeiro mandato político, se manifestou nesta terça-feira (26) em entrevista à rádio Jovem Pan.

“Acredito que impeachment vem como consequência de uma série de atos. Se a gente for avaliar o impeachment de Fernando Collor e da Dilma Rousseff, além de fatos concretos que viabilizam o processo, você tem todo o ambiente político. […] A gente vai ter que acompanhar isso. O fato é que todo mundo que está como presidente está sujeito a um eventual processo”, afirmou o parlamentar.

Recentemente, entretanto, Alessandro tem se posicionado de forma mais contrária a Bolsonaro. No começo deste mês, ele declarou apoio na eleição do Senado a Simone Tebet (MDB-SE), rival do candidato apoiado pelo presidente, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Já em dezembro de 2020, ele chegou a citar impeachment ao criticar Bolsonaro pela postura diante da pandemia da covid-19.

“Chega! Jair Bolsonaro, os equívocos no combate às crises econômica e sanitária já passaram do limite para um país democrático. Se a sua equipe, por medo ou interesse, não faz o alerta, faço eu: o crime de responsabilidade está cada vez mais configurado, com possível impeachment”, afirmou à época.

Outra que tomou postura semelhante de neutralidade foi Maria do Carmo. Procurada pelo AjuNews, a assessoria da senadora sergipana mais experiente da bancada informou que “a senadora não vai se posicionar antes que aconteça. Ela analisará as acusações quando um dos processos for instaurado”.

Nesta semana, Maria pediu que a bancada sergipana apele a Bolsonaro pela conclusão das obras de duplicação na BR-101. O presidente estará no município de Propriá, no Baixo São Francisco Sergipano, nesta quinta-feira (28), para participar do ato de liberação do tráfego de veículos da nova ponte no trecho norte da BR-101, na divisa entre Sergipe e Alagoas.

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