Polícia


Caso Genivaldo: Policiais são indiciados por abuso de autoridade e homicídio qualificado


Publicado 26 de setembro de 2022 às 12:21     Por Fernanda Sales     Foto Reprodução / Record TV

A Polícia Federal (PF) em Sergipe concluiu o relatório final do inquérito policial federal que investiga as circunstâncias da morte de Genivaldo de Jesus Santos, no município de Umbaúba, no sul sergipano. Segundo a PF, três policias rodoviários federais envolvidos na abordagem policial que ocasionou a morte de Genivaldo foram indiciados por abuso de autoridade e homicídio qualificado (asfixia e sem meios de defesa).

O inquérito policial foi encaminhado, nesta segunda-feira (26), ao Ministério Público Federal (MPF) para providências de sua competência, permanecendo a Polícia Federal à disposição para quaisquer outras eventuais diligências julgadas necessárias ao apuratório.

Dentre as diligências, foram realizadas oitivas de testemunhas, interrogatório dos investigados, coleta de material probatório, perícia de local de crime, perícia de viatura, laudo de química forense, laudo de genética forense, laudos de perícia de informática, exame cadavérico, laudo de toxicologia forense, laudo toxicológico.

A Polícia Federal agradeceu ainda a colaboração prestada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Sergipe, o Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, bem como à Polícia Rodoviária Federal (PRF), pela agilidade no atendimento às demandas da investigação.

Um laudo dos peritos da Polícia Criminalística de Sergipe já havia concluído que Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, morreu por causa de uma asfixia mecânica provocada por um componente químico em sua corrente sanguínea.

Relembre o caso
Após a morte de Genivaldo de Jesus Santos, que ocorreu em 25 de maio, em Umbaúba, durante abordagem de policiais rodoviários federais, a PRF divulgou nota à imprensa em que afirmava que Genivaldo havia resistido ativamente à ação da equipe policial. A nota seguia afirmando que em razão da sua agressividade, foram empregados técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção.

No entanto, o teor do documento foi contrariado por inúmeros vídeos gravados por populares que presenciaram a abordagem. As imagens mostram que Genivaldo de Jesus Santos não resistiu ativamente ao ser abordado pelos policiais, tampouco foram empregadas “técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo” contra ele.

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